As vias da verdade
- Logos Lacaniano
- 4 de out. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 6 de out. de 2023

"Sem dúvidas, as vias por onde a verdade se revelação insondáveis, e houve até matemáticos que condessaram tê-la visto em sonho ou nela esbarrado numa colisão trivial qualquer. Mas, é decente expor sua descoberta como oriunda de um processo mais conforme à pureza da ideia. A ciência, como a mulher de César, não deve ser alvo de suspeita."
O mito conta a respeito de Pompeia, a mulher de César, que deu uma festa em sua casa em comemoração a "boa deusa", porém um homem tentou invadir essa festa e seduzir Pompeia. Após o homem ser julgado como inocente César toma a decisão de se divorciar da esposa dando origem ao proverbio: "A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta."
A partir da história contada e fazendo o paralelo com o fragmento retirado do texto de Lacan é possível fazer a conexão como o francês vê a verdade e como essa verdade não deve aparentar como uma mentira. Mas como isso? devido ao fato de que quando nos deparamos com a verdade dentro do trabalho clínico ele deve ser observado a partir da perspectiva de quem conta, então certas verdades aparecem como mentira quando o analisado pode contar uma contradição.
Nesse momento o trabalho do analista entra em cena, apontando e buscando cada vez mais entender se a verdade apresentada além de ser honesta deve parecer honesta com toda a articulação apresentada pelo analisado.
(Escritos,1966, edição Jorge Zahar - p.89)
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