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Sobre a ambiguidade do significante




Newton da Costa é um matemático brasileiro que desenvolveu a formalização da lógica paraconsistente, esta que foi utilizada por Lacan em sua obra. No Livro “Ensaio sobre os fundamentos da lógica” pag. 36/37, 1994, o matemático expõe uma breve conceitualização de ambiguidade que pode ser utilizada por nós. Na clínica buscamos elucidar a primazia do significante sobre o significado, entendemos que cercá-lo auxilia na redução da ambiguidade.


“Os gêneros sintáticos dos símbolos primitivos de J:. devem ser disjuntos, mas o mesmo não sucede com os gêneros das expressões bem formadas em geral. O importante, no entanto, é que numa linguagem convenientemente elaborada do ponto de vista sintático, as suas expressões bem formadas possuem gêneros fixos e a condição de normalidade vale. As ambiguidades das linguagens vocabulares comuns, como o português, derivam, principalmente, da circunstância de que os gêneros sintáticos de suas expressões não se acham definições dos de maneira rigorosa (...). Por outro lado, na condição de normalidade constitui a contraparte sintática do postulado de que os símbolos devem ter sentidos determinados nos contextos racionais. Sem esse requisito, os contextos careceriam, em última instância, de precisão e de objetividade. Evidentemente, a normalidade é um ideal, que na prática nem sempre se pode satisfazer de modo pleno.”


Portanto compreendemos que a precisão e a objetividade dentro da nossa prática são fundamentais, a partir dela que conseguimos entender como a realidade do sujeito se constitui. Quais elementos causam o sujeito, e a partir desta construção, como ele formata a sua normalidade. Sendo esse o primeiro momento, e podendo considerar um segundo momento a operação dentro desta dita normalidade.

 
 
 

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